Abel Ferreira enfiou o rosto entre as mãos, caiu de joelhos no campo e apagou com suor e lágrimas as palavras que havia escrito, de caneta azul, na palma da mão.
– Estava escrito “emoção”, era controlar a emoção. E aqui era para o Flaco, eu queria dizer: “Flaco, tens que estar mais junto do Roque” – contou Abel, no canto da sala de imprensa, apontando na palma da mão esquerda o vestígio das palavras marcadas para si durante o jogo.
Eram instruções, tudo que precisava lembrar, enquanto orquestrava a noite mágica do Palmeiras no Allianz Parque: uma virada inédita, por 4 a 0, sobre a LDU, colocando o Verdão na final da Libertadores pela sétima vez.
Era segunda-feira, porém, quando o técnico começou a tentar criar o plano para superar a derrota por 3 a 0 sofrida em Quito, no Equador. Carrega consigo um bloco de notas para escrever tudo que passa pela cabeça e escreveu nele três possibilidade, compartilhadas na terça-feira com a comissão técnica.
– Pá, não podemos jogar da mesma maneira. Temos que surpreender, eles estão à espera que a gente vá jogar desta maneira. O que vocês acham disso? – disse Abel aos auxiliares, bombardeando-os de perguntas no escritório na Academia de Futebol.
A Vitória chegou com goleada de 4 a 0 e a vaga está assegurada.
Agora o Palmeiras vai enfrentar o Flamengo e mais uma final Brasileira na Libertadores da América.
Fonte – G1

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