O Mercado Comum do Sul (Mercosul) e a Associação Europeia de Livre Comércio (EFTA) – composta por Suíça, Noruega, Islândia e Liechtenstein – firmaram um acordo de livre comércio que promete movimentar a economia e abrir novas oportunidades para a região.
O tratado, que ainda precisa ser ratificado pelos países-membros, cria uma zona comercial com um mercado robusto de 290 milhões de pessoas e um Produto Interno Bruto (PIB) combinado superior a US$ 4,3 trilhões.
O acordo é visto como um passo importante para fortalecer a posição do Mercosul no cenário global e diversificar seus parceiros comerciais. A expectativa é que ele elimine 100% das tarifas para produtos industriais e pesqueiros, além de facilitar a exportação de produtos agrícolas brasileiros como carnes, grãos, frutas e café. O tratado também abrange setores como investimentos e propriedade intelectual.
O impacto se estende até as regiões de fronteira, como a de Santa Helena. A parceria não só fortalece o Mercosul como um bloco econômico, mas também pode gerar um aumento no movimento das rotas logísticas que atravessam a fronteira com a Argentina e o Paraguai, como rodovias e portos secos.
Esse crescimento no comércio exterior pode criar novas oportunidades de negócios e empregos nos setores de logística, transporte e serviços relacionados.
Embora o acordo traga uma mensagem positiva de compromisso com o livre comércio em um contexto de crescente protecionismo global, ele também pode gerar desafios.
A ratificação em cada país pode ser um processo demorado. Além disso, a redução de tarifas pode aumentar a concorrência para indústrias locais que não estejam preparadas para competir com produtos europeus mais baratos, algo que pode ser sentido no comércio local de fronteira. No entanto, a perspectiva de acesso a produtos da EFTA por preços mais baixos também é considerada um benefício para os consumidores.
Com a assinatura, os próximos passos envolvem a aprovação interna em cada país, o que determinará a implementação completa do tratado e seus impactos definitivos.
Fonte – Correio do Lago
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